Prédio do antigo Canecão será reformado pela UFRJ

Foto: Alexandre Brum

Conforme disse o reitor, Roberto Leher, a universidade irá avaliar até agosto, os projetos para a reestruturação da área, que incentivará, além de shows, novas manifestações artístico-culturais

Uma análise técnica em nome da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ) e do banco BNDES será feita em quase 430 mil metros quadrados pertencentes à instituição e que ficam na Cidade Univeritária (Fundão), na Praia Vermelha (Urca) e na Praça da Repúblia (Centro). O consórcio Fator/Galípolo/Pedrotaddei/VG&P será o responsável pelo estudo que reutilizará os terrenos da UFRJ. 

Neste primeiro momento, apenas a área da Urca será analisada. Os demais locais vão ser verificados ao longo do estudo. E é no campus da UFRJ na Praia Vermelha, Zona Sul da cidade, que está localizado o antigo Canecão, que já foi palco para diversos shows de artistas consagrados nacional e internacionalmente. O prédio da simbólica casa de eventos está abandonado desde 2010 por conta de uma briga judiciária. A ideia da instituição é reativar o local a fim de promover novos shows e manifestações artístico-culturais na cidade, como acontecia antigamente ali.

De acordo com Roberto Leher, reitor da UFRJ, até agosto deste ano, os conselhos superiores da faculdade já terão analisado projetos e licitações acerca do espaço. Além disso, Leher afirmou que, apesar da UFRJ, neste momento, possuir apenas propostas, o novo Canecão terá um espaço cultural de porte significativo. “Será voltado para diversas expressões artísticas, em que nós vamos misturar o melhor da história da música brasileira e de outos estilos, e também uma nova produção cultural que está pulsando no Rio de Janeiro e que não tem um espaço capaz de ser colocado em circulação de maneira mais ampla”, disse o reitor. Mas ele salientou também que apresentações pagas no interior do novo prédio não estão sendo descartadas. “Diversas expressões culturais devem estar ali”, completou Leher.

As licitações para quem quiser explorar tais espaços ainda estão sem modelo definido, porém, já existem planos de contrapartida, que envolvem novas instalações (como laboratórios e salas de aula), um espaço de atentimento na área da saúde (com ênfase na terceira idade) e casas do estudante para a instituição. 

O reitor apontou que a UFRJ passa por uma fase na qual as infraestruturas estão em primeiro lugar na lista de emergências da faculdade, antes mesmo do capital financeiro. “A contrapartida não se dá por meio pecuniário, de depósito na conta da UFRJ, mas sim por infraestrutura que a universidade necessita de forma emergencial. Quem vencer as licitações fará não apenas a construção, mas também manutenção durante o período da sessão”, completou Leher. O investimento do BNDES disponibiliza, como contrapartida para a UFRJ, outros empreendimentos nos arredores do antigo Canecão.

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