ACNUR e Museu da Pessoa firmam parceria e promovem a exposição virtual “Vidas Indígenas”

Foto: Pixabay

Termo de cooperação entre ACNUR e Museu da Pessoa tem como proposta ampliar os diálogos e projetos entre as instituições, trazendo relatos pessoais como principal elemento de informação sobre a temática do deslocamento forçado

No marco da celebração do Dia da Pessoa Indígena nos países americanos, a Agência da ONU para Refugiados (ACNUR) produziu um conteúdo específico para compor a exposição virtual “Vidas Indígenas: modos de habitar o mundo”, realizado pelo Museu da Pessoa e Visibilidade Indígena, com apoio do Armazém Memória e do Instituto de Políticas Relacionais. A exposição virtual estará disponível amanhã (19/04), às 11h00, no site do Museu da Pessoa

A exposição traz narrativas a respeito da luta de novas lideranças indígenas pelo direito à terra de seus povos, entre outras tantos desafios elencados pela comunidade indígena para garantia de direitos originários. Na abertura da exposição, são apresentadas oito entrevistas de história de vida de diferentes lideranças indígenas, cujas narrativas ajudam a entender como a comunidade indígena vem, historicamente, sofrendo com violações de seus direitos.  

Como parte integrante da exposição, o ACNUR produziu uma série de cinco episódios sobre a cultura imaterial Warao, etnia indígena oriunda da Venezuela e que compõe cerca de 65% das 7 mil pessoas indígenas em situação de deslocamento no Brasil – as demais etnias indígenas venezuelanas que buscam proteção internacional no Brasil são Pemón, Eñepá, Kariña e Wayúu. 

“O trabalho humanitário do ACNUR voltado para as populações indígenas requer uma imensa responsabilidade em os atender de acordo com suas crenças e tradições, refletidas na série de cinco episódios audiovisuais que produzimos. Este registro do ACNUR é um elemento do resgate histórico da cultura Warao e promove, ao mesmo tempo, um incentivo para que sejamos solidários à acolhida das populações indígenas refugiadas no Brasil”, afirma José Egas, Representante do ACNUR no Brasil. 

A exposição virtual “Vidas Indígenas: modos de habitar o mundo” garante o acesso gratuito ao conteúdo produzido por meio de seu site, sendo que o ACNUR também produziu uma página que compila os trabalhos que a agência desenvolve em prol das pessoas indígenas, envolvendo materiais de informação, capacitação e vídeos que expõem as especificidades da ajuda humanitária voltada às populações indígenas. 

“A exposição visa fortalecer as comunidades indígenas por meio da preservação de suas memórias, a fim de contribuir com sua luta pela autopreservação. Ele está sendo desenvolvido para que as próprias comunidades indígenas sejam protagonistas da sua história e tenham autonomia no desenvolvimento dos seus projetos de memória. Constituir um acervo de memória digital indígena contribui para além da preservação de suas histórias de vida, para desmistificar noções prévias sobre os indígenas, que foram constituídas historicamente”, conta Rosana Miziara, relações institucionais do Museu da Pessoa. 

“Vidas Indígenas: modos de habitar o mundo” estará disponível para acesso até julho e seus conteúdos podem ser acessados e também divulgados livremente pelos canais digitais. 

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