Palestra reforça autocuidado de profissionais da rede de proteção à mulher

Evento on-line reuniu policiais civis e militares, além das equipes do Serviço de Apoio Emergencial à Mulher do estado do Amazonas, e contou com a participação da ministra Damares Alves

Com o tema “Cuidando de quem cuida”, o Ministério da Mulher, da Família e dos Direitos Humanos (MMFDH) promoveu uma palestra para discutir práticas de autocuidado aos profissionais da rede de atendimento a mulheres em situação de violência do Amazonas, durante a pandemia. O evento aconteceu nesta segunda-feira (30) e contou com a participação da titular do MMFDH, Damares Alves.

A ministra destacou a importância da atuação dos policiais civis e militares na garantia dos direitos humanos. Além dos profissionais, integraram a atividade equipes do Serviço de Apoio Emergencial à Mulher do estado. “Vocês fazem parte do sistema de garantia dos direitos. Eu não tenho como falar de um Disque 100 e um Ligue 180 sem falar dos policiais, a garantia dos direitos passa por vocês, e sei o quanto tem sido difícil, sei o quanto vocês estão sobrecarregados e cansados, principalmente neste período de pandemia”, disse.

A representante do governo federal ainda reforçou aos participantes que não se sintam envergonhados em pedir ajuda, caso seja necessário. “A gente não pode ter vergonha de pedir ajuda. Em algum momento, todos nós precisamos de ajuda. Nós exigimos muito de vocês, que sejam super-heróis, mas se precisar, procurem ajuda, se cuidem”, aconselhou.

Parceria

O encontro foi realizado em parceria entre a Secretaria Nacional de Políticas para as Mulheres (SNPM/MMFDH) e o Instituto Avon. A secretária Cristiane Britto, titular da SNPM, apontou que a situação da pandemia, sobretudo no Amazonas, exigiu muito dos profissionais e que a pasta está atenta a todos.

“O dia a dia de quem trabalha na pauta de enfrentamento à violência contra as mulheres é muito pesado. Ainda mais considerando todo o cenário pelo qual o estado do Amazonas passou, desde o início da pandemia: altos números de internações, mortes e aumento dos casos de violência contra a mulher. E, além de tudo isso, muitos de vocês ainda perderam pessoas próximas, inclusive colegas de trabalho. Vocês precisam do nosso cuidado”, reforçou a gestora.

Colaboradora do Instituto Avon, a psicóloga forense Arielle Scarpati falou sobre a necessidade de cuidar de quem cuida do outro e o autoconhecimento como ferramenta de manutenção da saúde mental.

“Quem esteve na linha de frente precisou se cuidar e cuidar dos outros, para não contaminar, por exemplo, quem ficou em casa. Quem esteve na linha de frente não teve essa opção. Se perguntar se ‘estou feliz, realizado, estou bem para trabalhar e me relacionar com as pessoas’: essas respostas dizem muito sobre como realmente estamos em um momento como esse”, afirmou.

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