Já são 13 milhões de desempregados no Brasil

Foto: Minne Santos

Até maio deste ano, o nível de desemprego no país cresceu 25 pontos em relação ao trimestre até fevereiro. Com isso, o medo de ficar desempregado e a insatisfação com a vida também aumentaram, com índices maiores entre a faixa acima dos 45 anos de idade e brasileiros com curso universitário

O Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) divulgou os resultados da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (PNAD) e aponta que o desemprego no Brasil chegou a 12,3% no segundo trimestre de 2019. Isso significa que o número de pessoas subutilizadas no país atingiu os 13 milhões.

São classificados como pessoas subutilizadas os indivíduos que estão desempregados, que trabalham menos do que poderiam, que não buscam por emprego ou que até procuram, mas não estavam disponíveis para a vaga. A taxa dessas pessoas pulou de 24,6% no trimestre até fevereiro para 25% no trimestre até maio, batendo o recorde de 2012, chegando aos 28,524 milhões.

Os trabalhadores informais também apresentaram aumento na pesquisa. São 24 milhões de brasileiros que estão trabalhando por conta própria. O registro é o maior desde 2012, com um crescimento de 1,4% quando comparado ao trimestre anterior e 5,1% em relação ao mesmo período do ano passado. Outra categoria que mostrou elevação foi a dos empregados sem carteira assinada no setor privado – 11,4 milhões neste trimestre. O aumento foi de 2,8% ao semestre anterior e 3,4% à mesma época de 2018.

Com a economia do país instável e a falta de emprego em níveis alarmantes, o medo do desemprego aumentou e a satisfação com a vida diminuiu entre os brasileiros, conforme mostrou um estudo elaborado pela Confederação Nacional da Indústria (CNI). Em relação a abril, as taxas de medo do desemprego deram um salto de 2,3% e chegaram aos 59,3 pontos em junho, ultrapassando a média histórica, que era de 49,9 pontos.

A pesquisa apontou que esse receio de perder o emprego e não conseguir outro rapidamente assombra mais as pessoas acima dos 45 anos e com menor grau de escolaridade. Entre os indivíduos que possuem de 45 a 54 anos de idade, o número cresceu 7,1 pontos de abril para cá. Também quando comparado a abril, o índice entre as pessoas com maior grau de instrução – até a quarta série do Ensino Fundamental – subiu 6,1%. O Nordeste do Brasil é a região que apresenta os maiores índices – 66 pontos em junho.

Já a satisfação com a vida apresentou declinou entre a população. Os maiores registros de insatisfação se deram com indivíduos que possuem diploma universitário, marcando 71,4 pontos em abril e 68,6 pontos em junho. O aumento em relação ao mesmo mês em 2018 foi de 2,6 pontos. Segundo a CNI, para reverter o preocupante quadro atual, é necessário que o Brasl invista na geração de empregos. Sem esquecer que a queda na satisfação de vida e o aumento no medo do desemprego têm relação direta com a diminuição no poder de consumo e isso faz com que a economia do país encontre dificuldades para se restabelecer novamente.

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