Hanna, ex-atleta, despencou de uma altura de 10 metros e precisa de ajuda

Há três anos, Hanna despencou de uma altura de dez metros após uma crise de sonambulismo

Olá, Eu me chamo Hawanna Cruz Ribeiro, mais conhecida como Hanna, tenho 22 anos, ex-atleta, natural do Rio de Janeiro.

Desde que me conheço sempre fui uma pessoa muito saudável, porém, na manhã do dia 08/07/2017 sofri um terrível acidente; caí duma altura de quase 10 metros. Esse episódio aconteceu, creio eu, num momento de sonambulismo.

Daí atravessei a janela, andei pelo beiral e, infelizmente, o mesmo quebrou por não suportar meu peso. Ou seja, tive um traumatismo craniano, três vértebras do pescoço quebradas (c4, c5, c6) e com lesão medular incompleta na altura da c5 sem falar em vários ossos do corpo fraturados.

E depois de entrar no Hospital Municipal Souza Aguiar com apenas 10% de chances de sobreviver sofri, ainda, algumas complicações durante o tempo em que estive internada (3 paradas cardíacas, infecção pulmonar etc.). Saindo à revelia (do hospital) por temer displicência de terceiros, passei a ficar sob os cuidados de minha tia, que é enfermeira. Vale ressaltar que, nesse momento, minha família já tinha recebido a notícia de que eu estava tetraplégica.

Hoje, luto dia a dia para contrariar os profissionais que cogitaram que eu não me moveria mais do pescoço para baixo (já que os membros superiores foram/estão, paulatinamente, retomando os movimentos).

Pontuo, também, que após todo o processo curativo, iniciei fisioterapia em várias instituições, a saber: Centro Municipal de Reabilitação Oscar Clark, Rede Sarah, ABBR (somente acompanhada pelo neurocirurgião) bem como em outras clínicas (particulares).

Saliento que, praticamente todos os profissionais simplesmente ignoraram meus membros inferiores mesmo eu tendo total sensibilidade em minhas pernas (toques, dor, temperatura etc).

Após esses dois anos de lutas diárias, conheci uma fisioterapeuta especialista no meu caso e que, desde então acreditou no meu potencial de recuperação. Ressalto, contudo, que essa fisioterapia era patrocinada por uma empresa que, após a pandemia, não pôde mais continuar arcando com esse custo.

A campanha que estou fazendo tem como único e exclusivo intuito de ajudar em minha recuperação, como por exemplo: o retorno à fisioterapia, medicamentos e cuidados diários, bem como um projeto chamado de exoesqueleto. Trata-se de uma órtese robótica que tem como função primordial proporcionar ao cadeirante uma maior autonomia, uma vez que permite que o mesmo caminhe, sente, levante etc.

Essa tecnologia foi criada/desenvolvida no exterior, mas felizmente já temos uma empresa no estado do Paraná que fornece essa órtese por um valor mais acessível. Para alcançar esse sonho eu já me desfiz de bens materiais e mesmo assim não alcancei o valor para o objetivo almejado.

Eu conheci o exoesqueleto através de pesquisas via internet durante o tempo em que estou lutando por minha recuperação. Ele (o exoesqueleto) não era aceito no Brasil, mas, agora, com uma empresa nacional, fica “mais fácil” adquiri-lo.