Governador parabeniza o trabalho das Polícias Militar e Civil durante sequestro do ônibus na Ponte Rio-Niterói

Foto: Philippe Lima

Bope conduziu operação que libertou 37 reféns e durou cerca de quatro horas

O governador Wilson Witzel parabenizou o trabalho das Secretarias de Polícia Militar e de Polícia Civil durante o sequestro do ônibus da viação Galo Branco na Ponte Rio-Niterói. O episódio ocorreu com a linha 2520, que realiza do trajeto Jardim Alcântara x Estácio, na manhã desta terça-feira (20/08) e, desde as primeiras horas do dia, policiais militares do Batalhão de Operações Policiais Especiais (Bope) deram início às negociações com o homem responsável por manter 37 passageiros reféns no interior do coletivo. Witzel elogiou a atuação dos profissionais das forças de segurança e lembrou que o Governo do Estado dará total apoio às vítimas.

– Além destas 37 vidas que foram poupadas hoje, nestes últimos oito meses de governo, nós tivemos quase oitocentas vidas que também foram poupadas pelo trabalho da polícia. Não é o ideal porque o Rio de Janeiro ainda padece de uma violência que atinge, especialmente, a população mais pobre. Nossa secretaria de Vitimização e Amparo à Pessoa com Deficiência, comandada pela secretária major Fabiana, está agindo para dar apoio às vítimas, às famílias das vítimas e, também não poderia deixar de ser diferente, estamos acolhendo a família desta pessoa que sequestrou o ônibus. Conversei com um dos parentes, ele disse que a mãe dele está muito abalada. Falou que vamos ajudá-la a superar esse momento difícil – afirmou o governador.

O governador cumprimentou policiais militares e civis, agentes do Corpo de Bombeiros e da Polícia Rodoviária Federal, que deram apoio à operação, que durou, aproximadamente, quatro horas.

– Ao entrar no ônibus, conversando com os reféns, nós tomamos a iniciativa de fazer uma oração pelo falecimento da pessoa que tomou essa decisão de colocar em risco outras vidas humanas e desrespeitar a lei. Nossa Polícia Militar demonstrou capacidade técnica operacional e contou com o apoio da Polícia Rodoviária Federal a todo tempo. No momento que o Bope assumiu, a PRF imediatamente deu apoio, mostrando que as instituições do Brasil têm capacitação técnica e o que faltam são mais recursos. Precisamos de mais policiais rodoviários federais, precisamos prover nossas polícias com mais capacidade técnica para que possamos dar mais proteção à sociedade. Hoje, não houve erros. Agimos corretamente – disse Witzel.

Bope conduziu as negociações

De acordo com o comandante do Batalhão de Operações Policiais Especiais (Bope), tenente-coronel Maurílio Nunes, todos os protocolos foram seguidos pela corporação. Um centro de comando e controle foi montado no local para auxiliar as forças de segurança.

– O Bope segue protocolos internacionais para este tipo de ocorrência. Todos os procedimentos operacionais foram tomados para preservação da vida de todos, inclusive da do tomador. Conseguimos retirar com vida seis vítimas que estavam dentro no ônibus durante as negociações. Noventa por cento das nossas ocorrências são resolvidas através de negociações. Porém, quando vidas humanas são colocadas em risco, temos que tomar decisões – afirmou o comandante, que também foi o responsável pelo gerenciamento da crise.

A partir de agora, a Polícia Civil vai conduzir as investigações do episódio.

– A Delegacia de Homicídios da capital está responsável pela ocorrência e utilizou a base da Delegacia de Homicídios de Niterói. Todos os atos posteriores à ação da Polícia Militar serão analisados pela Polícia Civil. Realizamos a perícia e ainda vamos ouvir as testemunhas, as vítimas e os familiares. O inquérito será relatado e concluído em 30 dias – explicou o secretário de Polícia Civil, delegado Marcus Vinícius Braga.

Ao lado do governador estavam o vice-governador, Cláudio Castro, e os secretários de Governo e Relações Institucionais, Cleiton Rodrigues, e da Casa Civil, José Luis Zamith. O secretário da Polícia Militar, General Rogério Figueredo, também estava presente na coletiva.

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