Após temporada nos EUA, atriz Franciely Freduzeski volta ao Brasil e a TV

Foto: Alessandra Tolc

Depois de uma temporada nos Estados Unidos, a atriz Franciely Freduzeski voltou ao Brasil e a TV. Entre seus papéis, a morena interpretou uma enfermeira, na novela “Orgulho e Paixão”, da TV Globo. Antes de voltar à televisão, ela subiu aos palcos com a peça “Mais de sessenta, tons de cinza”, onde interpretou 8 personagens. Em terras americanas, Fran gravou o curta “Maestro”, direção de Dan Roman. Há um ano, Franciely descobriu uma endometriose no nervo ciático, que a levou a uma cirurgia e fisioterapia. Confira nossa conversa com a atriz:

– Você passou uma temporada nos Estados Unidos. Como foi a experiência? 

Franciely Freduzeski: Foi uma experiência maravilhosa. Estudei com os melhores professores de atuação. Estudei na New York Film Academy e meu inglês hoje é fluente. Pude absorver a cultura deles em todos os sentidos. Cresci como profissional e como pessoa.

– Além de estudar, você trabalhou como atriz por lá. Qual é a diferença entre o público brasileiro e o americano? 

Franciely Freduzeski: Nos Estados Unidos, o mercado de novela só existe para os latinos. Eles se interessam muito por filmes e altas produções.  Lá as coisas acontecem mais rápido. Talvez porque tenham mais recursos, de resto é a mesma coisa. Cada público é diferente em qualquer lugar do mundo. Uns mais exigentes que os outros, mas no final todos querem sair satisfeitos de alguma forma.

– Pretende voltar a morar nos Estados Unidos? 

Franciely Freduzeski: Não. Talvez para fazer algum curso, mas ficaria só uns 6 meses. Gosto do Brasil e amo a vida que tenho aqui hoje com meu filho, que já está dando os primeiros passos da carreira dele e não posso fazer ele parar tudo. Já dei a base para ele.  Agora é a vez dele ir atrás dos sonhos dele e estarei sempre perto.

– Após esse tempo por lá, você voltou ao Brasil e a TV, para interpretar uma enfermeira na novela “Orgulho e Paixão”, da TV Globo. Como foi esse trabalho?

Franciely Freduzeski: Foi gratificante a participação. Voltei a morar no Brasil depois de uma temporada nos Estados Unidos, onde fiquei 3 anos estudando cinema, em Los Angeles, na New York Film Academy. 

– Depois desse trabalho, você não voltou mais a TV. Você já declarou que ficou com depressão pela falta de oportunidade profissional. Como se sente?

Franciely Freduzeski: Na realidade, eu não sei quando tudo isso começou. Tive insônia e preocupação com tudo, no geral, e isso me desencadeou uma ansiedade e também depressão. O fato de não ter emprego ajudou para me manter mais triste. A depressão é simplesmente algo que acontece, é um botão do cérebro, não sei se deixa de funcionar ou funciona muito. As pessoas têm vergonha de falar sobre isso, porque quando fala em depressão, acham que você é louca, ligam você a preguiça, a falta de fazer algo, um vazio, e que a culpa é sua. Acham que é uma frescura.  Eu acredito que tem muita gente que sofre disso e não fala por medo de ser questionado pelo mundo. A depressão não é brincadeira, às vezes, você tem segundos de pensamentos ruins que podem sim ser péssimos e fazer você tomar uma atitude desesperadora porque você entra em desespero por não conseguir sair do lugar.

– Você também já declarou recentemente ter sofrido endometriose. Como descobriu? Como foi o tratamento?

Franciely Freduzeski: Sim. Durante um ano fiquei sentindo uma forte dor na região lombar, que descia pela minha perna inteira, causando formigamento. Eu não conseguia andar, sentar, caminhar, malhar…  Emagreci e perdi cabelo. Fui a vários médicos, fiz diversos exames, de coluna, de câncer… E nenhum descobria realmente o que eu tinha. Quando finalmente a doença foi diagnosticada, descobri que pegou o nervo ciático. Passei por uma cirurgia e tive que fazer fisioterapia pélvica.

– Como você está atualmente?

Franciely Freduzeski: Estou bem. Tomando todos os remédios, fazendo o pilates, voltado para a estabilidade do meu quadril e assim, não sentir dor na região da pelve. Toda semana meu médico acompanha minha evolução. Faço terapia e também vou ao psiquiatra. Tenho um acompanhamento tanto da minha mente quanto do corpo. As pessoas precisam entender que a endometriose mexe com os hormônios da mulher. A baixo autoestima é uma das primeiras coisas a acontecer e isso vai minando tudo. 

– Tem algum projeto para teatro ou cinema?

Franciely Freduzeski: Estou no mercado, aberta a leituras, propostas, estou procurando um texto para montar uma peça.

Foto: Alessandra Tolc
Foto: Alessandra Tolc

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