ALERJ debate alça de ligação entre Ponte Rio-Niterói e Linha Vermelha

Setembro é o mês da mobilidade urbana no Brasil

Setembro é o mês da mobilidade urbana no Brasil. Para colocar o assunto em pauta, a Comissão Especial de Acompanhamento para Implantação do Novo Modelo de Governança da Região Metropolitana do Estado do Rio de Janeiro, presidida pelo deputado estadual Waldeck Carneiro (PT), em conjunto com a Comissão de Transportes da ALERJ, presidida pelo deputado Dionísio Lins, realizará no próximo dia 02/09 (segunda-feira), às 11h, no Palácio Tiradentes, uma audiência pública conjunta com o tema “Alça de Ligação da Ponte Rio-Niterói com a Linha Vermelha: impactos sobre a Região Metropolitana”. Além dos parlamentares, estarão presentes na audiência o Diretor-Superintendente da EcoPonte, Júlio Amorim; o Diretor-Presidente da CET-Rio, Airton Aguiar Ribeiro; e o Superintendente Administrativo-Financeiro da Câmara Metropolitana do Rio, Nelson Sampaio.

“O tema da mobilidade urbana é central para a Comissão da Região Metropolitana juntamente com as questões do saneamento e moradia. Essa obra é importante porque melhorará o fluxo de veículos que saem da Ponte Rio-Niterói para a Linha Vermelha por um acesso rápido e facilitado, beneficiando os moradores do Rio de Janeiro, Niterói e São Gonçalo. Há uma preocupação, que será abordada na audiência, com a sincronia entre essas obras e as do BRT, seja no trecho de ligação entre a Avenida Brasil e a Linha Vermelha, seja no trecho próximo à Rodoviária Novo Rio”, declarou Waldeck.

Segundo a EcoPonte, se não houver uma compatibilização das duas intervenções, há o risco deste proveito da alça da Ponte ser muito diminuído por causa do gargalo que se formará na via lateral da Avenida Brasil, que acabará confluindo com a saída da Ponte em relação à Linha Vermelha. “Há de se ter uma solução de engenharia, talvez um alargamento da via com a demolição do canteiro naquele trecho, para que essa obra não seja prejudicada pela outra. Na questão da Rodoviária Novo Rio também, pois ali há um risco de atrapalhar a descida de quem trafega de ônibus, pois o próximo ponto estará somente na Leopoldina. A audiência, portanto, discutirá não somente os aspectos positivos da obra da alça de ligação, mas também o ajuste fino com a obra do BRT. Se isso não for ajustado, a emenda pode sair pior que o soneto”, complementou Waldeck.

As Obras

A previsão é de que, em três meses, 15 mil motoristas utilizem diariamente a interligação entre a Ponte Rio-Niterói e a Linha Vermelha, um transtorno agravado pelas obras do BRT Transbrasil. A construção das alças de acesso está 80% pronta. Serão 2.500 metros de um viaduto que passará sobre a rua Carlos Seixas, no Caju e chegará à Linha Vermelha na altura do Km 3 da via. A expectativa da EcoPonte é que a construção beneficie 20% dos cerca de 75 mil motoristas que utilizam a Ponte em direção ao Rio diariamente. Como contrapartida ao Exército pelo uso do Arsenal de Guerra, a EcoPonte está construindo um novo prédio da Indústria de Material Bélico do Brasil (INBEL).

Em paralelo, a EcoPonte está construindo um outro viaduto, que começa no Cais do Porto, sob a Reta do Cais, e segue junto à alça de ligação com a Linha Vermelha. Ele passará sobre a via expressa e desembarcará na Avenida Brasil, cobrindo parte da Rua Prefeito Júlio de Moraes Coutinho, na altura de Manguinhos. Trata-se da Avenida Portuária, que terá 3.200 metros em mão dupla e será exclusiva para caminhões de carga que operam na região do Porto.

Contrato de Concessão

As duas obras, que custarão R$ 450 milhões, estão previstas no contrato de concessão da EcoPonte, que teve início em junho de 2015. O valor será integralmente pago pela empresa. Os viadutos terão câmeras de monitoramento e assistência da concessionária. Cerca de dois mil equipamentos mortuários, como gavetas, nichos e túmulos, seriam retirados do Cemitério do Caju, que teria parte de seu terreno desapropriado para a obra. Pelo atual traçado, o viaduto seguirá margeando o muro do cemitério na parte dos fundos do terreno. Aproximadamente 300 imóveis da Favela Parque Alegria também seriam desapropriados, mas o novo projeto reduziu para sete o número de unidades afetadas.

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