A surpreendente renovação da Cultura Fluminense em 180 dias

Secretário Ruan Lira está virando o jogo com incentivos à Economia Criativa

Quando solicitou ao governador Wilson Witzel que acrescentasse Economia Criativa ao nome da pasta da Cultura, o recém-nomeado Secretário Ruan Fernandes Lira estava determinado a traçar o rumo da sua futura gestão. Passados pouco mais de seis meses, o mais jovem Secretário de Governo do Estado, de 30 anos, já vem obtendo resultados significativos da sua opção em promover a geração de renda, empregos e inclusão social por meio de estímulos para quem trabalha com criatividade, cultura e capital intelectual. 

Mal assumiu a SECEC (Secretaria de Estado de Cultura e Economia Criativa), Ruan teve sensibilidade suficiente para dar prioridade ao carnaval carioca, agilizando patrocínios através da Lei de Incentivo à Cultura (LIC). Sem eles, o carnaval do Rio não teria tido metade do seu brilho: foram R$ 8,5 milhões para a folia de rua, via Ambev, empresa que também obteve isenção de ICMS para injetar R$189 mil no desfile do Monobloco. A Light destinou R$15 milhões, também em patrocínios pela LIC, para as escolas do grupo especial, escolas-mirins e para a escola Embaixadores da Alegria, de crianças com deficiência motora e cognitiva.

Por entender a importância do carnaval carioca para a economia fluminense, Ruan Lira está em preparativos para que a SECEC assuma a gestão do Sambódromo e, por extensão, de todo o carnaval, quando for feita a transferência da festa da Prefeitura para o Governo do Estado. “Se este ano foram R$ 4,5 bilhões de arrecadação, a intenção é dobrar esse número a partir dos próximos anos”, comenta o Secretário, que deseja criar, também, uma agenda de eventos que dure o ano inteiro. Para isso, já está em pleno funcionamento uma Subsecretaria de Eventos.

A nova Lei Estadual de Incentivo à Cultura, em vigor desde janeiro deste ano, também possibilitou, com a reversão de 100% dos tributos do ICMS, que projetos de grande envergadura fossem concretizados. Em Vigário Geral foi inaugurado o AfroGames, primeiro centro de formação e treinamento em jogos eletrônicos localizado numa comunidade, iniciativa inédita no mundo. Com o patrocínio de R$ 500 mil pela Oi, via Lei de Incentivo à Cultura, a escola vai qualificar 100 alunos com cursos de programação para games, produção para música de jogos eletrônicos e aulas de inglês. 

Também foram patrocinados pela SECEC o Rio Montreux Jazz Festival – R$2 milhões pela Ambev e R$ 4,2 milhões pela Claro – e a Game XP, maior gamepark do mundo, que levou ao Parque Olímpico da Barra cerca de 100 mil pessoas nos quatro dias de evento. Dos R$ 24 milhões de custo do projeto, R$ 4,75 milhões foram obtidos via SECEC e LIC, com R$ 4 milhões originários da Oi e R$ 750 mil da Ambev. Um estudo da Fundação Getúlio Vargas apontou que foram gerados 10 mil empregos com a Game XP, um impacto econômico para a cidade de R$ 82,3 milhões. E foi possível levar 5 mil crianças de escolas da rede pública e de obras sociais para assistirem às apresentações do espetáculo “Ovo”, do Cirque du Soleil, como contrapartida social ao patrocínio de R$ 2 milhões à temporada do show circense.

Outro grande acerto do Secretário Ruan Lira é o crescimento do programa RJ Criativo,  assessoria da SECEC destinada a dar suporte a empreendedores, atuar na sua formação e difundir seus produtos e serviços. A atividade de capacitação, chamada de incubação, ajudou a estruturar e colocar no mercado 33 empresas entre 2012 e 2017, que juntas geraram faturamento de R$ 15 milhões durante o período de incubação. No momento, há 14 startups incubadas e um novo edital para seleção de empreendedores será divulgado até o fim do ano.

Além disso, o RJ Criativo organiza caravanas para levar qualificação a cidades do interior e outras mais afastadas da capital. Ano passado, foram 13 caravanas gratuitas, que atingiram mais de 5 mil pessoas. Este ano, as caravanas aportaram em Mangaratiba, Paraíba do Sul, Nova Iguaçu, Itaperuna, Volta Redonda e Duque de Caxias. Também está em curso a implantação do programa Lab.RJ, que prevê a customização, para cada região do Estado do Rio de Janeiro, do conceito e estrutura do RJ Criativo. Até o fim deste ano, o Norte Fluminense e a Baixada Fluminense deverão receber duas unidades desse projeto.

A retomada da programação do Theatro Municipal, uma das mais importantes casas de espetáculos da América Latina, foi outra conquista significativa. Com todas as dificuldades surgidas no primeiro semestre, como o contingenciamento de 46,37%  do orçamento originalmente previsto como verba anual, a casa cumpriu uma programação regular com a ajuda da captação de patrocínios, do aluguel do próprio espaço para espetáculos e da bilheteria. Dia 12 de julho último, a Petrobras assinou um contrato de patrocínio, no valor de R$3 milhões, que permitirá a apresentação de oito espetáculos até o fim de 2020.

A Superintendência de Leitura e Conhecimento é outra frente ativa da SECEC: o programa Juntos pela Leitura engloba vários projetos, como a Libertação de Livros, com doações de livros num local pré-determinado, paralelamente à contação de histórias e performances. Nestes seis meses, a Libertação aconteceu em lugares como a Central do Brasil, Praia de Copacabana, Quinta da Boa Vista, Praia de Ipanema, Manguinhos, Coelho Neto, Anchieta e Cidade de Deus. Além disso, em parceria com a sociedade civil e o Governo, a SECEC inaugurou espaços de leitura, que têm administração de terceiros. O compromisso da Secretaria, no caso, é a doação de um acervo mínimo, de 100 a 200 livros, e a orientação para ações de incentivo à leitura. Nesse esquema, a SECEC e o RioSolidário inauguraram uma minibiblioteca no Morro de São João e três outras em unidades do Degase (Departamento Geral de Ações Socioeducativas). 

A Casa da Literatura, que tanto sucesso fez na Flip, em Paraty, também divulgará o nome da SECEC na XIX Bienal do Livro, com a realização de debates, palestras, lançamento de livros e intervenções culturais. Em parceria com a Secretaria Estadual de Educação, a SECEC irá transportar, em ônibus fretados, 40 mil crianças para participar da Bienal do Livro, um recorde: anteriormente, o número máximo de crianças levadas pelo Governo do Estado havia sido de 11 mil estudantes. Cada criança ainda ganhará um voucher no valor de R$50, para comprar o livro de sua preferência.

Talvez o exemplo mais visível de todas as transformações pelas quais a Secretaria de Estado de Cultura e Economia Criativa vem passando seja sua própria mudança física. Desde julho, o Secretário Ruan Lira, dando continuidade ao plano de melhor utilização de recursos públicos, assumido desde o início de sua gestão, promoveu a mudança da SECEC para o segundo andar da Biblioteca-Parque Estadual. Com a acomodação dos quase 300 funcionários no novo endereço, a economia é de mais de R$500 mil mensais, se somadas as despesas anteriores com aluguel, condomínio e IPTU. 

Em pouco tempo de sua administração, Ruan Lira tem-se mostrado um gestor preocupado com a coisa pública e desejoso de promover, através da Cultura e da Economia Criativa, transformação social e geração de renda. Um princípio coerente e esperançoso para todos os que torcem pela Cultura e amam o Estado do Rio de Janeiro.

Foto: Divulgação SECEC

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