Mais de 100 jovens são certificados como Promotores de Saúde pela Prefeitura do Rio

Foto: Pixabay

Em cerimônia no Circo Voador, foram homenageados cariocas que impactaram a vida de mais de 55 mil pessoas que passaram pela rede municipal de saúde no último ano.

Nesta quarta-feira (05/04), uma das casas de espetáculos mais ecléticas do Rio de Janeiro, o Circo Voador, no Centro, abriu as portas para a cerimônia de entrega de certificados dos 127 jovens que concluíram o curso da Rede de Adolescentes e Jovens Promotores de Saúde, o RAP da Saúde. Foram dez meses de formação, com encontros três vezes na semana, nos quais 1.700 ações foram promovidas, impactando a vida de 54.915 pessoas. Desde de abril do último ano, o projeto integra uma parceria entre as secretarias Especial da Juventude Carioca e Municipal de Saúde para a realização de um curso que estimula a participação social dos jovens nos territórios do Rio de Janeiro, que orientam a população a utilizar os serviços públicos de saúde. 

O projeto concedeu bolsas de R$ 450 e R$ 650 para os multiplicadores e dinamizadores, respectivamente.  Os multiplicadores não precisavam ter experiência prévia, bastando estar na faixa etária entre 14 a 24 anos. Já os dinamizadores, de 18 a 29 anos, foram selecionados dentre os jovens que já estiveram em projetos sociais com foco na promoção da saúde e do protagonismo juvenil. As vagas do curso foram distribuídas por todas as regiões da Cidade Maravilhosa, em 24 Unidades de Atenção Primária, presentes em bairros como Estácio, Rocinha, Pavuna, Água Santa, Campo Grande, Santa Cruz e Bangu. 

O Secretário de Juventude Carioca, Salvino Oliveira, destaca que um dos objetivos do projeto é levar conhecimento sobre saúde e qualidade de vida aos jovens da cidade. 

“É a juventude sendo qualificada para falar sobre assuntos que impactam a nossa sociedade, como as ISTs, doenças psicossociais e vários outros temas relevantes. Esse é um projeto que transformou a vida desses jovens cariocas”, disse o secretário. 

Para o Secretário Municipal de Saúde, Rodrigo Prado, o RAP da Saúde é um projeto multidisciplinar, com lições que vão além do que os jovens teriam em um curso comum. 

“As novas gerações vêm mostrar que, mais do que seguir boas práticas de saúde, cada um de nós pode também compartilhá-las. O RAP da Saúde é um exemplo de como o protagonismo juvenil pode somar às ações da Atenção Primária e colaborar para termos comunidades com uma qualidade de vida melhor. Eles conhecem a linguagem e cultura da sua localidade e isso faz toda a diferença. O projeto é um espaço de educação em saúde, socialização e de exercício da cidadania”, destaca o secretário.

Mais conhecimentos e experiência na área da Saúde

O RAP da Saúde é um projeto desenvolvido pela Superintendência de Promoção da Saúde da Secretaria Municipal de Saúde e, com a parceria, passou a fazer parte do Emprega JUV, o programa de empregabilidade da JUVRio, que tem por objetivo auxiliar a juventude carioca na busca de uma oportunidade de trabalho, promovendo seu desenvolvimento por meio da orientação e qualificação profissional e ofertas de oportunidades para inserção no mercado de trabalho.

Wesley dos Anjos tem 20 anos e se surpreendeu com o curso do RAP da Saúde. Morador de Engenho Novo, ele entrou em contato com diversas situações de rotina da Rede Municipal de Saúde.

“Nunca pensei que ia, por exemplo, estar na Clínica da Família atuando diretamente com a população em geral. Os profissionais me ensinaram muito lá dentro. Foi uma experiência que me mudou”, disse o jovem durante a certificação.

Os participantes tiveram acesso a conhecimentos sobre diversos temas relacionados à área da promoção da saúde, como direitos humanos, paternidade, direitos sexuais e reprodutivos, cultura da paz, diversidades, prevenção às ISTs, tabagismo, álcool e outras drogas e saúde mental. A questão da prevenção de cuidados com o coronavírus também foi um dos temas transversais da formação.

Por meio do RAP da Saúde, os jovens tiveram a oportunidade de criar oficinas, palestras, rodas de conversa, esquetes de teatro e vídeo-debates, por exemplo. As oficinas são elaboradas ao lado de um profissional de saúde apoiador – que pode ser um enfermeiro, técnico de enfermagem, agente comunitário de saúde, dentista, dentre outros. As ideias criadas dentro das Clínicas da Família, por exemplo, invadiam a comunidade, em rodas de conversa, palestras em escolas e associações de moradores. Nesses espaços eram abordados temas como alimentação saudável, tabagismo, contracepção e as ISTs.

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