Firjan cria grupo para discutir oferta de energia elétrica para indústrias no Centro-Sul Fluminense

Fornecimento adequado, qualidade da energia e redução da tarifa são avaliados como fundamentais para o avanço econômico da região

Motivo de queixas frequentes por parte dos empresários da indústria, a oferta de energia elétrica nos municípios do Centro-Sul passará a ser observada por um grupo de trabalho formado por empresários e técnicos ligados à Firjan. A proposta é buscar soluções rápidas e definitivas para problemas que atingem diretamente a produtividade e competitividade das empresas.

Quedas de fornecimento, baixa qualidade, oscilação no abastecimento energético e questões relacionadas a tarifa são algumas das queixas dos industriais. O tema é considerado um dos principais gargalos para o desenvolvimento do setor industrial fluminense e está inserido no Mapa do Desenvolvimento do Estado do Rio de Janeiro 2016-2025.

Levantamento feito pela Firjan com dados da Aneel (Agência Nacional de Energia Elétrica) mostram que em 2020, os municípios do Centro-Sul Fluminense ficaram, em média, 18 horas sem energia elétrica e as interrupções ocorreram 10,92 vezes.

presidente da Firjan Centro-Sul, Alceir José Corrêa, explica que diversas áreas dos oito municípios que integram a região sofrem com interrupções, quedas inesperadas entre outros problemas e, por isso, o trabalho junto as concessionárias de energia vai ajudar no diagnóstico e na solução desses casos. “A energia elétrica é o principal insumo da indústria. Com equipamentos cada vez mais modernos e tecnológicos, a baixa qualidade na oferta da energia gera entraves produtivos e reflete em prejuízos em relação a manutenção dessas máquinas”, destaca.

O grupo reúne representantes dos principais setores econômicos da região, entre eles o de material plástico e de alimentos. Os encontros serão realizados a cada três meses e a coordenação será do empresário Aderbal Bonfante.

Vale destacar, que o Rio de Janeiro tem uma das tarifas energéticas mais caras do Brasil, 43% superior à média nacional, principalmente, pela incidência de tributos estaduais.

Especialista em Infraestrutura da Firjan, Tatiana Lauria ressalta que energia elétrica a preço justo é uma condição importante para a competitividade do setor produtivo fluminense.  “Qualidade no fornecimento de energia elétrica, é ter acesso à eletricidade de forma segura e a preços competitivos, de forma a garantir o bom funcionamento dos equipamentos, a eficiência do processo produtivo, além do bem-estar das pessoas e a sustentabilidade ambiental”, afirma.

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